Eu quero gritos, eu quero mais, mais, sempre mais, cada vez mais alto!
Eu quero me desfazer, quero aprender, quero pegar de volta.
Quero morrer, quero voltar a viver, quero me tornar imortal.
Pessoas solitárias, barulho ensurdecedor, tranqüila inquietação,
Arquitetura em guardanapos, poemas em papel de pão...
Derrubem o pano, abaixem as cortinas, vou falar coisas sem sentido,
Acendam as luzes! Vou lembrar o futuro e viver o passado.
Sem sentido, sem sentidos, seguindo serei só, salvo e sóbrio.
Guitarras, tambores e mais gritos...
“O que há é o que é e o que será... Nascerá.
Se lembrar de celebrar muito mais...”
Separar, parar pra pensar, pensar em parar, seguir sem pensar.
O que não resta já não tem, o que tem é o que nos resta...
Recitar, proclamar, gritar, cochichar, segredar.
A pressa, a prece apressada. O preço, pretexto passado.
O feto afetado pelo afeto. O parto, a partida...
Cala-te! Grita com o teu silêncio para que ele se levante.
Letras soltas, palavras passageiras, frases infinitas.
A perfeição do caos longe do cais. Pra que tanta explicação?
Apaga as luzes, estende as cortinas...
Aplauso e apreço solitário.
Recolho-me...
Referência: “ “...” “ – O Teatro Mágico
Hum..., descobri de onde vem tanta inspiração... O Teatro Mágico nos permite excelentes reflexões sobre a vida e sobre si mesmo... Mas Anitelli que se cuide, porque logo você o colocará pra trás, rsrsrs. Parabéns pela tranqüila inquietação ‘contradizente’ que gerou esse lindo poema!
ResponderExcluirMarcelo, esse poema é ENCANTADOR!! Vc tava no ápice da sua inspiração quando o compôs!
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